PREFEITO DOA PRAÇA PÚBLICA PARA CIGANO

Continua repercutindo nacionalmente a doação da Praça Pública situada ao lado da Quadra de Esportes com a Avenida Contorno, que deveria servir de área de lazer para a comunidade queimadense. A cessão do espaço efetuada pelo prefeito José Mauro de Oliveira Filho – Maurinho PMDB, para construção de uma lanchonete como suposta forma de pagamento de dívida contraída junto ao cigano Gutemberg Dourado da Mota, que se diz amigo do chefe do Executivo Municipal. O fato tornou-se escândalo com repercussão nacional. O prefeito que na véspera das eleições municipais de 2004, mostrou-se um verdadeiro ator chegando até a chorar para comover os ciganos a lhe emprestar dinheiro para a compra de votos no período da campanha, o que lhe garantiu a vitória nas urnas, também tem atropelado as leis e nada lhe acontece. O prefeito que responde na Justiça por vários processos por improbidade administrativa, foi cassado pela Câmara de Vereadores no dia 5 de outubro de 2007 e em menos de oito dias foi beneficiado com uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia que lhe retornou ao cargo, o que vem contribuindo para o desmando do patrimônio público do município de Queimadas, que fica na região sisaleira a 300 quilômetros de Salvador. A doação da Praça feita em Cartório, “às escuras” ao cigano Careca, como é conhecido na cidade, não foi discutida e tão pouco aprovada pela Câmara Municipal como manda a Lei. O vereador Tarcísio Oliveira (sobrinho do prefeito) disse que o chefe do Executivo Municipal não enviou nenhum projeto a Câmara e muito menos deu satisfação. Em entrevista concedida ao Jornal Hoje da Rede Globo, quinta-feira, o prefeito Maurinho se negou a falar sobre o empréstimo tomado junto ao cigano e disse que ninguém tem nada a ver com a doação da Praça e relatou: “Houve a doação o que tem, que pedaço vem, deu prejuízo a quem por Nossa Senhora”. Ao tomar conhecimento da ação movida pelo Ministério Público para embargar a obra já em ponto de laje onde será instalada uma lanchonete o cigano suspendeu os trabalhos até que a Justiça decida o caso e mesmo que seja obrigado a demolir o prédio não deve ter nenhum prejuízo, já que o material utilizado na construção do imóvel e a mão de obra vinham sendo pagos pelo prefeito, relata familiares do cigano. Segundo populares, o Promotor de Justiça de Queimadas, Pedro Safira Andrade já entrou com uma ação civil pública pedindo a interdição e demolição da obra e a devolução da Praça ao povo. Comenta-se também na cidade, que o juiz da Comarca Jeancarlos de Souza Almeida, aguarda uma explicação do prefeito Maurinho para decidir a questão. Moradores queimadenses querem saber do Poder Judiciário da Bahia, o que o leva a manter o prefeito Maurinho no poder já que ele responde por vários crimes de improbidade administrativa e em outubro do ano passado teve seu mandato cassado pela Câmara. Vale lembrar que no mês de agosto de 2007 o cigano Ivan Ferreira Mota “Bel”, denunciou na Rádio Comunitária Queimadas FM, que Maurinho antes da eleição de 2004 pediu-lhe dinheiro emprestado “para compra de 2.000 votos: 1.200 na sede e 800 votos no povoado de Espanta Gado, o que consolidou sua vitória nas urnas”. Na Rádio Comunitária, Bel exibiu dois cheques da prefeitura um no valor de R$ 30.837,00 e outro de R$ 20 mil devolvidos sem fundos, além de duas promissórias, uma na quantia de R$ 100 mil e outra de R$ 37.300,00, e alertou a comunidade que havia outros ciganos na mesma situação dele, fato esse divulgado pela Tribuna da Bahia. O prefeito envolvido na doação da Praça junto ao cigano responde na Justiça pelos seguintes crimes administrativos: desvio de R$ 40 mil de um convênio celebrado com o Estado, dinheiro esse depositado na conta da filha, além de atraso de salários de servidores, dívidas contraídas com fornecedores, retenção do repasse para a Câmara Municipal, uso de notas fiscais frias e pagamento de dívida pessoal dos ciganos com cheques da prefeitura, entre outros.

TRIBUNA DA BAHIA

2 comentários:

Anônimo disse...

Prefeito da cidade de Queimadas é cassado
14/03/2008 - 17h41m

O prefeito do município de Queimadas (a 300 Km de Salvador), José Mauro de Oliveira Filho, foi cassado hoje (14), após ser julgada a sentença deferida pelo juiz Jean Carlos Almeida em favor do Ministério Público estadual que ajuizou uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

Na ação, o promotor de Justiça Pedro Costa Safira acusa o prefeito de desviar cerca de R$ 26 mil de um convênio firmado entre o município e a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) para pagamento de salários de servidores públicos municipais que trabalharam na loja da Cesta do Povo do município de Senhor do Bonfim (a 374 Km da capital).

Pedro Safira explicou que a sentença foi deferida há alguns dias, mas o prefeito não recorreu da decisão determinando assim a perda de sua função pública. Além disso, José Mauro Filho será obrigado a pagar multa de aproximadamente R$ 22 mil; a reparar o dano em cerca de R$ 22 mil; terá suspensos os direitos políticos pelo prazo de cinco anos e está proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos.

De acordo com o promotor de Justiça, nos próximos dias, a Câmara de Vereadores de Queimadas deverá dar posse ao vice-prefeito.

Day Lopes disse...

Eu penso assim se não tem estrutura para as gestões de uma cidade nunca entre na politica pra depois passar por escadalos como esse.

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